Sobre “O Culto do Amador”, de Andrew Keen.

Um livro que tem despertado inúmeros debates e intensas polémicas no mundo todo, “O Culto do Amador” expõe uma perspectiva crítica e uma visão desconfiada do mundo digital, considerando, principalmente, o fatio de tratar-se de um mega-espaço de comunicação onde qualquer usuário pode participar, contribuir e expressar-se.culto-do-amador-imagem

Keen é um tecnólogo, empresário, professor e escritor metade britânico e metade estadunidense, que tem desenvolvido uma série de teorias contra o uso indiscriminado da internet na era da “Web 2.0”. Formado em História pela London University e com diversas especializações, ele tem sido amplamente criticado por diversos setores sociais do globo, ao tempo que suas teses tem desmistificado  ideia benevolente da rede virtual.

O seu livro mas popular é “O Culto do Amador”, publicado em 2007, ao que seguiram outros tais como “Vertigem Digital” (2012) e “A internet não é a resposta” (2015).

Assista uma breve entrevista do autor para o programa “Milênio”, do canal Globo News.

Aqui um destaque dos trechos considerados como mais relevantes dos capítulos 1 a 3 do livro “O Culto do Amador”.

Introdução

(…)expliquei que estava trabalhando numa polêmica sobre o impacto destrutivo da revolução digital em nossa cultura, economia e valores. “É uma mistura de ignorância com egoísmo, mau gosto e ditadura das massas”, disse eu, incapaz de conter um sorriso, “com anabolizantes.” Ele deu um sorriso constrangido em troca. “Então é um encontro de Huxley com a era digital”, disse. “Você está reescrevendo Huxley para o século XXI.” Ergueu seu copo de vinho em minha homenagem. “Ao Admirável Mundo Novo 2.0!”

No cerne desse experimento de auto-publicação por uma infinidade de macacos está o diário na Internet, o onipresente blog. Blogar tornou-se uma mania tal que um novo blog é criado a cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia. Estamos blogando com um despudor simiesco sobre nossas vidas privadas, nossas vidas sexuais, nossas vidas oníricas, nossa falta de vida, nossas segundas vidas. Neste momento, há 53 milhões de blogs na Internet. O número dobra a cada seis meses. Enquanto você leu este parágrafo, dez novos blogs foram criados.

Além disso há a Wikipédia, uma enciclopédia online em que qualquer um com polegar opositor e cinco anos de escola pode publicar o que quiser sobre qualquer tópico, de AC/DC a zoroastrismo.Desde o nascimento da Wikipédia, mais de 15 mil colaboradores criaram quase três milhões de verbetes, em mais de uma centena de línguas diferentes — nenhum deles editado ou atentamente examinado quanto à sua exatidão. Com centenas de milhares de visitantes por dia, a Wikipédia tornou-se hoje o terceiro site mais visitado em busca de informação e eventos. Uma fonte de notícias com mais crédito que os websites da CNN ou da BBC, embora a Wikipédia não tenha nenhum repórter, nenhuma equipe editorial e nenhuma experiência na coleta de notícias. É o cego guiando o cego — infinitos macacos fornecendo informação infinita para infinitos leitores, perpetuando o ciclo de desinformação e ignorância.

O YouTube eclipsa até os blogs na vacuidade e no absurdo de seu conteúdo. Nada parece prosaico demais, ou narcísico demais, para esses macacos cineastas. É uma galeria infinita de filmes amadores mostrando pobres idiotas dançando, cantando, comendo, lavando-se, comprando, dirigindo, limpando, dormindo ou simplesmente olhando para seus computadores. Em agosto de 2006, um vídeo imensamente apreciado chamado Easter Bunny Hates You (O coelho da Páscoa te odeia) mostrava um homem vestido de coelho importunando e agredindo pessoas na rua; segundo a revista Forbes, foi visto mais de 3 mi de vezes em duas semanas.

Mais perturbador que o fato de milhões de nós sintonizarmos de bom grado esse tipo de tolice diariamente é que tem sites nos transformando em macacos sem sequer nos darmos conta. Quando digitamos palavras no Google, estamos de fato criando algo chamado “inteligência coletiva”, a sabedoria total de todos os usuários do Google. A lógica do mecanismo de busca, que os tecnólogos chamam de algoritmo, reflete a “sabedoria” das massas. Em outras palavras, quanto mais pessoa sclicam num link resultante de uma busca, mais provável esse link aparecerá em buscas subsequentes. O mecanismo de busca é uma união dos 90 mi de perguntas que fazemos coletivamente aoGoogle todo dia; em outras palavras, ele só nos diz o que já sabemos.

O The New York Times noticia que 50% de todos os blogueiros postam com o propósito exclusivo de relatar e partilhar experiências de suas vidas pessoais. O slogan do YouTube é “Transmita-se a si mesmo”. E transmitir a nós mesmos é o que fazemos, com toda a autoadmiração desavergonhada doNarciso mítico. À medida que a mídia convencional tradicional é substituída por uma imprensa personalizada, a Internet torna-se um espelho de nós mesmos. Em vez de usá-la para buscar notícias, informação ou cultura, a usamos para sermos de fato a notícia, a informação, a cultura.

Mas não estão em jogo apenas nossos padrões culturais e valores morais. O mais grave de tudo é que as próprias instituições tradicionais que ajudaram a promover e criar nossas notícias, nossa música, nossa literatura, nossos programas de televisão e nossos flmes estão igualmente sob ataque. Jornais e revistas de notícias, uma das fontes mais confiáveis de informação sobre o mundo, estão em dificuldades graças à proliferação de blogs e sites gratuitos como o Craigslist, que ofere cem classificados gratuitos, solapando a publicação de anúncios pagos. No primeiro trimestre de 2006, os lucros despencaram de maneira impressionante em todas as principais empresas jornalísticas – 69% na New York Times Co., 28% na Tribune Co. e 11% na Gannett, a maior empresa jornalística dos EEUU. A circulação também caiu. O público leitor do San Francisco Chronicle, ironicamente um dos principais jornais do Vale do Silício, caiu estonteantes 16% apenas no começo de 2005. E em 2007, a Time, Inc. dispensou quase 300 pessoas, sobretudo do corpo de redatores, de revistas como Time, People e Sports Illustrated.

Aqueles de nós que ainda leem jornal e revistas sabem que as pessoas estão comprando menos música também. Graças à pirataria digital desenfreada gerada pelas tecnologias de compartilhamento de arquivos, as vendas de música gravada caíram mais de 20% de 2000 a 2006.

A mídia antiga está ameaçada de extinção. Mas, oque tomará seu lugar? Ao que tudo indica, serão os novos e incrementados mecanismos de busca, os sites das redes sociais e os portais de vídeo da Internet. Cada nova página no MySpace, cada nova postagem num blog, cada novo vídeo no Youtube equivale a mais uma fonte potencial de renda com anúncios perdida pela mídia convencional. Daí a decisão sábia ou desesperada tomada por Rupert Murdoch em 2005 de comprar o MySpace por 580 mi. Daí a venda do YouTube por 1,65 bi e a explosão de capital de risco no financiamento de sites à la YouTube. Daí o crescimento aparentemente irrefreável do Google, que, em meados de 2006, viu a receita avolumar-se a quase US$ 2,5 bi.

 

Capítulo 1 – A Grande Sedução

Desde então não parei mais de observar. Passei os dois últimos anos acompanhando a revolução da Web 2.0 e me sinto consternado pelo que vi.

Porque a democratização, apesar de sua elevada idealização, está solapando a verdade, azedando o discurso cívico e depreciando a expertise, a experiência e o talento. Como afirmei antes, está ameaçando o próprio futuro de nossas instituições culturais.

Eu chamo isso a grande sedução. A revolução da Web 2.0 disseminou a promessa de levar mais verdade a mais pessoas — mais profundidade de informação, perspectiva global, opinião imparcial fornecida por observadores desapaixonados. Porém, tudo isso é uma cortina de fumaça. O que a revolução da Web 2.0 está realmente proporcionando são observações superficiais do mundo, em vez de uma análise profunda, uma opinião estridente, ou um julgamento ponderado. O negócio da informação está sendo transformado pela Internet no puro barulho de 100 mi de blogueiros, todos falando ao mesmo tempo sobre si mesmos.

Além disso, o conteúdo gratuito e produzido pelo usuário, gerado e exaltado pela revolução da Web 2.0, está dizimando as fileiras de nossos guardiões da cultura, à medida que críticos, jornalistas, editores, músicos e cineastas profissionais e outros provedores de informação especializada estão sendo substituídos (“des-intermediados”, para usar um termo do FOO Camp) por blogueiros amadores, críticos banais, cineastas caseiros e músicos que gravam no sótão. Enquanto isso, os modelos de negócios radicalmente novos, baseados em material gerado pelo usuário, sugam o valor econômico da mídia e do conteúdo cultural tradicionais.

A verdade de uma pessoa torna-se tão “verdadeira” quanto a de qualquer outra. Hoje a mídia está estilhaçando o mundo em um bilhão de verdades personalizadas, todas parecendo igualmente válidas e valiosas. Para citar Richard Edelman, o fundador, presidente e CEO da Edelman PR, a maior empresa privada de relações públicas do mundo: “Nesta era de tecnologias explosivas de mídia não existe verdade exceto aquela que você cria para si mesmo.”

Quem sabe, a mesma equipe por trás da misteriosa eliminação no verbete da Wikipédia de comentários negativos sobre o tratamento do Wal-Mart a seus funcionários.Os blogs são cada vez mais o campo de batalha onde os porta-vozes em relações públicas estão travando sua guerra de propaganda. Em 2005, antes de lançar um grande investimento, os executivos da GE se reuniram com blogueiros ambientais para convencê-los dos benefícios de uma nova tecnologia verde. Enquanto isso, multinacionais como a IBM, a Maytag, e a GM têm blogs que dissimuladamente espalham suas versões da verdade corporativa para o mundo exterior.

Como discutirei com mais detalhe, a verdade e a confança são os bodes expiatórios da revolução da Web 2.0. Num mundo com cada vez menos editores ou revisores profissionais, como saber em que e em quem acreditar? Como grande parte do conteúdo gerado pelo usuário é publicado anonimamente ou sob um pseudônimo, ninguém sabe quem é o verdadeiro autor da maior parte desse conteúdo auto-gerado. Pode ser um macaco. Um pinguim. Pode até ser Al Gore.

Paradoxalmente, o Santo Graal dos anunciantes em todo o mundo plano da Web 2.0 é conseguir a confiança dos outros. Isso está deixando de cabeça para baixo a indústria da publicidade convencional. O MySpace, de acordo com o Wall Street Journal e outros meios, agora tem perfis de personagens de ficção, numa tentativa de comercializar determinados produtos através da criação de “relações pessoais com milhões de jovens”. A News Corp (dona do MySpace) comprou o direito de incluir os perfis de personagens fictícios, como Ricky Bobby (interpretado por Will Ferrell), do blockbuster de 2006 Talladega Nights: A Balada de Ricky Bobby.

Outros membros recentes incluem mascotes publicitários como Gil, o caranguejo dos comerciais do Honda Element, a mascote real do Burger King, e uma personagem chamada “Miss Irresistible”, a porta-voz de dentes brilhantes da nova pasta de dentes Crest. Mas eles são realmente nossos amigos? Não. São personagens inventa dos, cujo único objetivo é vender às nossas influenciáveis crianças mais creme dental e hambúrguer

Nossa atitude com relação à “autoria” também está passando por uma mudança radical, como resultado da cultura democratizada da Internet de hoje. Num mundo onde plateia e autor são cada vez mais indistinguíveis, e onde a autenticidade é quase impossível de ser verificada, a ideia original de autoria e propriedade intelectual tem sido seriamente comprometida. Quem é o “dono” do conteúdo criado pelos personagens de filme de ficção no MySpace? E por um anônimo grupo de editores da Wikipédia? Quem é o “dono” do conteúdo publicado por blogueiros, seja ele originário de porta-vozes das empresas ou de artigos no NYT? A definição nebulosa de propriedade, agravada pela facilidade como podemos copiar e colar o trabalho de outros para fazê-lo parecer como se fosse nosso, resultou em uma nova permissividade preocupante sobre a propriedade intelectual.

Copiar e colar, claro, é coisa de criança na Web 2.0, gerando uma nova geração de cleptomaníacos intelectuais que acham que só por poder copiar e colar opiniões ou um pensamento bem formulado os faz donos deles. Tecnologias de compartilhamento de arquivos como o Napster e o Kazaa, que ganharam tanta atenção durante o primeiro

boom da Web, empalidecem diante das últimas “remixagens” de conteúdo da Web 2.0 e dos mashups de software e música. Numa espécie de lógica destorcida de Alice no País das Maravilhas descendo na toca do coelho, visionários do Vale do Silício, como o professor de Direito de Stanford e fundador da Creative Commons, Lawrence Lessig, e o autor cyberpunk William Gibson, elogiam a apropriação da propriedade intelectual.

Kevin Kelly, num artigo de maio de 2006 no NYT, fala com entusiamo da morte do tradicional texto solitário – que séculos de civilização conheceram como livro. O que Kelly vislumbra ao invés é uma mídia infinitamente interligada em que todos os livros do mundo são digitalizados e ligados entre si: o que chama de “versão líquida” do livro. Na opinião dele, o ato de copiar e colar e ligar e comentar um texto é antes de mais nada tão ou mais importante do que a escrita do livro. É a versão literária da Wikipédia.

Então o que acontece quando se combina a versão líquida do livro proposta por Kelly com um wiki? Um milhão de pinguins.

Não são só nossas sensibilidades estéticas que estão sendo atacadas. A Internet tornou-se a mídia escolhida para distorcer a verdade sobre a política e os políticos de ambos os lados do muro. O ataque em 2004 à estória de John Kerry no Swift Boat no Vietnã, por exemplo, foi orquestrado por centenas de blogueiros conservadores que descreveram um funcionário público patriótico como um bode expiatório para a propaganda dos vietcongs.

Nenhum desses blogs, do MoveOn.org ao Swiftvets.com, debate de forma séria as questões, as ambiguidades e a complexidade da política. Pelo contrário, atendem a uma minoria cada vez mais partidária que usa a mídia digital “democratizada” para ofuscar a verdade e manipular a opinião pública.

 

O Custo da Democratização

O desfoque da fronteira entre o público e o autor, fato e ficção, invenção e realidade obscurece mais ainda a objetividade. O culto ao amador tornou cada vez mais difícil determinar a diferença entre o leitor e o escritor, o artista e o porta-voz, arte e propaganda, amadores e especialistas. O resultado? A queda da qualidade e da confiabilidade das informações que recebemos, o que desvirtua, ou até

corrompe descaradamente nossa conversa cívica nacional. Mas talvez as maiores
vítimas da revolução da Web 2.0 sejam as empresas reais com produtos reais, funcionários reais e acionistas reais, como discutirei nos capítulos 4 e 5. Cada gravador extinta, repórter de jornal despedido ou livraria independente falida é uma consequência do conteúdo grátis gerado pelos usuários na Internet – da publicidade gratuita do Craigslist aos vídeos gratuitos de música do Youtube, à informação gratuita da Wikipédia.

A estória de capa da edição de julho de 2006 da Business perguntou quem eram as 50 pessoas mais influentes da nova economia. No topo da lista não estavam Steve Jobs, Rupert Murdoch, Sergey Brin nem Larry Page, fundadores do Google. Estava “

VOCÊ ! O Consumidor como Criador”:

Em seu best-seller “A Cauda Longa”, o editor da revista Wired, Chris Anderson, comemora o achatamento da cultura, que descreve como o fm da parada de sucessos. No admirável mundo novo de Anderson, haverá espaço infinito nas prateleiras para produtos infinitos, dando a todos escolhas infinitas. A Cauda Longa praticamente redefine a palavra “economia”, deslocando-a da ciência da escassez para a ciência da abundância, um mercado promissor e infinito no qual “ciclamos” e reciclamos nossa produção cultural seguindo nossos corações. É uma ideia sedutora. Mas mesmo que se aceitem os duvidosos argumentos econômicos de Anderson, a teoria tem um furo gritante Anderson assume que o talento bruto é tão infinito quanto o espaço de prateleira na Amazon ou no eBay. Mas embora possa haver infinitas máquinas de escrever, há uma escassez de talento, competência, experiência e domínio em qualquer área. Encontrar e promover o verdadeiro talento em um mar de amadores pode ser o verdadeiro desafio da Web 2.0. O fato é que a visão de Anderson de uma mídia achatada, sem hits, é uma profecia autorrealizável. Sem o cultivo de talentos não há hits, pois o talento que os cria nunca é cultivado ou não tem permissão para brilhar.

O talento, como sempre, é um recurso limitado, a agulha no palheiro digital de hoje. Não se encontra o indivíduo talentoso, treinado, naufragado de pijama atrás de um computador, produzindo postagens estúpidas em blogs ou resenhas anônimas de filmes. Cultivar talento exige trabalho, capital, competência, investimento. Requer a infraestrutura complexa da mídia tradicional – olheiros, agentes, editores, publicitários, técnicos, marqueteiros. O talento é construído pelos intermediários. Se se os “des-intermedia”, acaba-se também com o desenvolvimento do talento.

A economia da Cauda Longa está toda errada. Utopistas da tecnologia como Anderson sugerem que o conteúdo auto-criado resultará de algum modo numa aldeia permanente de compradores e vendedores, cada um comprando pouco e escolhendo de um número extraordinário de coisas. Mas quanto mais conteúdo auto criado é despejado na rede, mais difícil fica distinguir o bom do ruim – e fazer dinheiro com ele. Como Trevor Butterworth relatou ao Financial Times, ninguém está ficando rico com os blogs, nem Markos Zuniga, fundador do blog político mais conhecido, o Daily Kos.

O grande desafio do mercado da cauda longa de Anderson está em encontrar o que ler, ouvir ou assistir. Se você acha que o sortimento em sua loja de discos é pequeno, espere até a cauda longa desenrolar sua extensão infinita. Arrastar-se pela blogosfera, ou os milhões de bandas no MySpace, ou as dezenas de milhões de vídeos no YouTube procurando um ou dois blogs, músicas ou vídeos de real valor não é viável para aqueles de nós com uma vida ou um trabalho. O único recurso que é desafiado por esta longa cauda de conteúdo amador é o nosso tempo, o recurso mais limitado e precioso de todos.

Chris Anderson está certo ao afirmar que o espaço infinito da Internet vai dar cada vez mais oportunidades para os nichos, mas o lado negativo é que isso vai garantir que tais nichos gerarão menos receitas.

Onde isso tudo vai parar? Com um canal para cada um de nós, onde seremos a emissora solitária e seu único espectador? Esta seria a democratização no nível mais fundamental. Essa absurda conclusão não é pura fantasia. Blogueiros e podcasters assumiram o controle de nossos computadores, de nossos smartphones. O que antes era apenas um estranho culto do Vale do Silício agora está transformando a América.

Mas não podemos culpar outras espécies por este triste estado. Nós seres humanos monopolizamos o centro das atenções nesta nova fase da mídia democratizada. Somos ao mesmo tempo os escritores amadores, os produtores amadores, os técnicos amadores e, sim, os espectadores amadores.

 

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